Poucos fenômenos da música brasileira recente foram tão populares quanto os Mamonas Assassinas. O grupo de Guarulhos, São Paulo, juntou humor escrachado e melodias fáceis, conseguindo vender mais de três milhões de cópias de seu único álbum de estúdio, lançado em 1995.
A rápida ascensão do grupo, formado por Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Samuel e Sérgio Reoli, foi tragicamente interrompida por um acidente de avião em 1996. Nenhum dos membros do Mamonas sobreviveu. O país ficou de luto. O enterro foi transmitido na televisão, com canais interrompendo sua programação normal.
Quinze anos depois, muita gente ainda lembra do refrão de músicas como Robocop Gay, Pelados em Santos, Vira-Vira e Sábado de Sol. Em maio de 2011, esses fãs saudosos poderão relembrar a trajetória da banda com a estreia do documentário Mamonas, o Doc.
O documentário, dirigido por Claudio Kahns, surgiu na mesma época em que outro diretor, Mauricio Eça, estava trabalhando em Mamonas, O Filme, obra de ficção sobre o grupo. Para aproveitar os diálogos que já ocorriam com amigos e familiares, Cláudio Kahns começou uma série de entrevistas e de pesquisa de material inédito de arquivo.
O documentário traz imagens inéditas de apresentações antigas (a banda chegou a fazer cerca de 190 shows em um período de apenas seis meses), e fala sobre o início da carreira do grupo, que inicialmente assinava como Utopia. O filme também traz entrevistas com amigos e familiares dos integrantes.
A estreia nacional do filme está marcada para o dia 27 de maio.
O grupo também será homenagedo no Carnaval deste ano. A escola de samba Inocentes de Belford Roxo, do Rio, trará para seu desfile, no dia 5 de março, a clássica Brasília amarela, veículo que aparece na letra de Pelados em Santos. A agremiação também pretende levar para a Sapucaí parentes dos músicos para participar da homenagem.
Trailer do Documentário
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