Andrea Nolf, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Internet na USP, afirma que é preciso deixar claro as leis de convivência entre pais e filhos na web: “É preciso conversar e estabelecer limites entre a vigilância, que é papel dos pais, e invasão de liberdade. Os pais precisam confiar nos filhos e os filhos, por sua vez, aceitar a presença dos pais na rede”.
O adolescente precisa saber que, assim como no mundo real, o virtual também tem regras: “Se o pai encontra fotos do menino fumando ou a mãe vê uma foto sensual demais da filha, é preciso chamar a atenção, explicar o que está errado e até suspender o uso de internet por um tempo dependendo da situação”, afirma Andréa. Ou seja, a internet não é um lugar para se fazer coisas erradas longe dos olhos dos pais.
Mas é importante lembrar que as broncas não podem ser virtuais! Os pais devem procurar os filhos para conversar frente a frente: “Lavar roupa suja na internet nunca! É uma exposição muito grande. Sem contar que os adolescentes têm amigos que pegam no pé e podem ver o barraco online. Aí, o adolescente vira alvo de piada”, afirma o psicólogo e psicoterapeuta Leonardo Ld Araújo.
O adolescente também deve conversar com os pais sobre as mensagens trocadas na web: “Se o adolescente não se sente à vontade com recados super carinhosos dos pais, é só falar com jeito, sem magoar ninguém. É o mesmo caso de quando a criança começa a crescer e pede para o pai deixá-lo na esquina da escola, ao invés de deixar na porta. Os pais precisam entender que os filhos cresceram”, afirma Leonardo .
Outro problema que surge com o relacionamento de pais e filhos na web é o conflito de gostos: “Se minha filha é fã de Restart, por exemplo, e só fala sobre o grupo nas redes sociais, eu não posso fazer nada mesmo se eu não gosto. É questão de gosto e nem adianta tentar mudar isso”, afirma Andréa.
Postado por: Jacqueline Hollanda
Nenhum comentário:
Postar um comentário