Need you Now - Lady Antebellum

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Morre o terrorista Osama Bin Laden

Líder da al-Qaeda foi morto em operação dos EUA próximo a Islamabad.
Rede terrorista deve tentar vingar a morte, diz diretor da CIA.


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou em pronunciamento na TV na madrugada desta segunda-feira (2) a morte de Osama bin Laden, líder da rede terrorista da al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, que mataram cerca de 3.000 pessoas.
De acordo com Obama, a morte foi consequência de uma ação de inteligência do Exército norte-americano em parceria com o governo do Paquistão, que localizou o terrorista -que tinha entre 53 e 54 anos- durante a semana passada.
O diretor da CIA, Leon Panetta, disse que a rede terrorista da al-Qaeda deve "quase certamente" tentar vingar a morte de Bin Laden.
"Apesar de Bin Laden estar morto, a al-Qaeda não está", disse o diretor da principal agência de espionagem dos EUA. "Os terroristas quase certamente vão tentar vingá-lo, e nos devemos -e vamos- permanecer vigilantes e resolutos."

Sigilo
A operação, sigilosa, foi executada na noite de domingo (madrugada de segunda no horário afegão) por um comando especializado da Marinha dos EUA. Um pequeno grupo de soldados conseguiu matar Bin Laden
em uma fortaleza na cidade de Abbotabad, próximo a Islamabad, capital paquistanesa.
A operação foi feita exclusivamente pelas forças americanas, segundo a chancelaria paquistanesa. Um funcionário dos EUA argumentou que isso ocorreu para preservar o sigilo necessário à operação.
Houve troca de tiros durante a ação, mas, segundo Obama, nenhum militar americano ficou ferido na operação e cuidados foram tomados para que nenhum civil fosse ferido.
Quatro helicópteros teriam sido usados na operação. A mansão fortificada ficou em chamas após o atentado.
Um oficial de Segurança Nacional disse à agência Reuters que a missão da equipe era matar, e não capturar Bin Laden.

'Justiça'
"Foi feita justiça",
disse Obama. "Nesta noite, tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da al -Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças."

Comemoração
Enquanto Obama fazia seu pronunciamento, dezenas de norte-americanos já cercaram a Casa Branca comemorando a morte do terrorista. Também houve comemoração no Marco Zero, local dos atentados em Nova York, e em outros pontos do país.

Antes do pronunciamento, a morte de Bin Laden já havia sido divulgada pela rede de TV CNN e confirmada por três fontes norte-americanas e também anunciada pela agência de notícias Reuters.

Alerta
Após o anúncio da morte, o Departamento de Estado dos EUA alertou para um
maior risco de "violência antiamericana' em todo o mundo.
A Interpol também pediu a seus países-membros que aumentem as medidas de segurança por conta de risco de atentados por terrorista ligados à al-Qaeda ou inspirados pela morte de Bin Laden.

Reação
O Talibã, movimento fundamentalista islâmico aliado à al-Qaeda,
desmentiu a informação sobre a morte de Bin Laden, mas não justificou a afirmação.
Posteriormente, um porta-voz do braço paquistanês do grupo confirmou a notícia da  morte e disse que o grupo iria revidar em alvos paquistanteses e americanos.
Um integrante do braço iemenita da rede terrorista da al-Qaeda no Iêmen também confirmou a notícia à France Presse.

Mais procurado do mundo
Após os atentados nos EUA, Bin Laden se tornou o homem mais procurado do mundo, com uma recompensa de US$ 25 milhões por sua cabeça.

Desde então, ele passou a ser buscado por dezenas de milhares de soldados dos Estados Unidos e do Paquistão.
Nesse período, Bin Laden reaparecia episodicamente em gravações de áudio e vídeo ao longo dos anos, alto, magro, sempre usando barba. Boatos sobre seu paradeiro, estado de saúde e possível morte sempre surgiam.

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